Azeite de oliva: aliado também no combate à obesidade
10 de Ago de 2021
Ao longo dos anos, o azeite de oliva recebeu comprovações dos benefícios que traz para a saúde. O hábito do consumo regular já se mostrou eficaz em diversos estudos. E há mais um momento em que o azeite de oliva pode ser aliado: em casos de obesidade.
De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, do Ministério da Saúde, a obesidade voltou a crescer no Brasil. Conforme os registros do documento, houve um aumento de 67,8% de obesos nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018.
A obesidade é caracterizada pelo excesso de peso corporal em um nível que pode causar doenças. Ela é diagnosticada pela análise de um médico com base no cálculo do valor do Índice de Massa Corporal (IMC). Essa conta é realizada dividindo-se o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros).
O cálculo do IMC indicará se o peso da pessoa está adequado para a sua altura. Esse número é classificado da seguinte maneira:
Classificação
- Baixo peso - IMC até 18,5
- Peso normal - IMC entre 18,5 e 24,9
- Sobrepeso - IMC 25
- Pré-obeso - IMC entre 25,0 a 29,9
- Obeso I - IMC entre 30,0 a 34,9
- Obeso II - IMC entre 35,0 a 39,9
- Obeso III - IMC igual ou maior que 40
Conforme o índice do IMC aumenta na classificação, o risco de doenças segue o mesmo ritmo, indo de baixo, no “baixo peso” até muito grave para “obeso III”.
O consumo do azeite de oliva
O tratamento da obesidade é complexo e exige acompanhamento médico. Cada pessoa deverá seguir a recomendação que for a mais indicada para o seu caso, tanto física, quanto psicológica.
Um dos pontos das dietas nesses casos é avaliar o tipo e as quantidades de gordura que podem ser ingeridas para alcançar o resultado de peso alcançado. Nesse sentido, existem estudos científicos que mostram que a substituição de gorduras saturadas por monoinsaturadas pode melhorar o perfil das gorduras presentes na circulação do sangue (como o colesterol), o controle do teor de açúcar sanguíneo e auxiliar na perda de peso.
As gorduras monoinsaturadas são as presentes no azeite de oliva. O azeite também apresenta, em sua composição, entre 56% e 84% de ácido graxo oleico, que é uma gordura do tipo monoinsaturada, percentual que o classifica como uma das maiores fontes desse tipo de gordura.
Uma maior quantidade de gordura monoinsaturada na dieta pode ser importante no tratamento da obesidade. Inclusive porque o seu consumo promove certa sensação de saciedade, ou seja, o que leva à diminuição da fome e pode ajudar na redução do consumo de outros alimentos, que seriam mais calóricos e gordurosos.
No mais, o azeite de oliva também tem capacidade anti-inflamatória, que pode auxiliar no combate de inflamações, normais em casos de obesidade.
Fontes: Ministério da Saúde e Livro “Oliveira no Brasil - tecnologias de produção”, de Adelson Francisco de Oliveira