“O bom azeite combina com tudo”
13 de Abr de 2021
A frase é do especialista em Olivicultura e Elaiotecnia, Paulo Forgiarini, consultor dos Azeites Costa Doce nessa entrevista onde explica um pouco mais sobre a produção e o consumo de azeites extravirgens.
Boa leitura!
Equipe Costa Doce – Conte um pouco da sua história no ramo de azeites:
PF – Sou brasileiro, mas fui viver na região do Vêneto, na Itália, em 1996, e lá permaneci por 12 anos. Destes, 10 anos foram trabalhando na produção de oliveiras e azeites. Lá me especializei e trouxe essa experiência para o Brasil. Hoje trabalho como consultor de diversas marcas brasileiras de grande qualidade, entre elas a Costa Doce. Tanto em qualidade, como em quantidade, o azeite brasileiro deu um salto nos últimos anos, tendo recebido diversas medalhas internacionais.
Equipe Costa Doce - Para os iniciados, alguns termos e explicações são desnecessárias, mas para quem está começando a consumir azeites de boa qualidade o que é preciso saber?
PF – A primeira coisa é saber que os azeites se dividem em três categorias: os extravirgens, com acidez de no máximo 0,80%; o virgem, com acidez de até 2,00% e os lampantes, com acidez maior que 2,00%. Essa acidez é medida através do teor de ácidos graxos livres, presente no azeite, expresso em porcentagem de ácido oleico. O Azeite de Oliva Extravirgem, que é o que nos interessa aqui, apresenta diferentes características sensoriais, de acordo com o tipo de cultivo realizado, o solo no qual são plantadas as olivas e as suas variedades. Essa classificação considera principalmente a intensidade, sendo que os mais intensos combinam com carnes vermelhas, por exemplo, e os mais suaves com legumes e saladas. Mas, a verdade é que o bom azeite, aquele de qualidade superior como os produzidos pela Costa Doce, combinam com tudo e com todos os momentos.
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Equipe Costa Doce – Muitos fatores influenciam na qualidade dos azeites. O que faz um produto realmente de qualidade?
PF – Em primeiro lugar é preciso dizer que produzir um bom azeite é um trabalho em equipe. Desde o plantio, passando pela colheita, a separação dos frutos até a ida ao lagar, a centrifugação, e depois o envase e o transporte. Tudo tem que funcionar como um relógio. Se houver descuido, em qualquer uma das partes do processo, o produto perde qualidade, e consequentemente, valor de mercado.
Equipe Costa Doce – Quem faz essas classificações e quais os principais concursos (nacionais e internacionais) ?
PF - A classificação internacional dirigida pelo COI (Conselho Oleícola Internacional) considera os critérios técnicos. No Brasil, segue a mesma classificação dirigida pela instrução normativa N° 1 de 30 de janeiro de 2012, que estabelece o regulamento técnico do azeite de oliva nacional. O principal concurso nacional é o BRAZIL IOOC - internacional olive oil competition. O segundo é o SUL AMERICANO - SUDAMERICANO SUDOLIVA. No mundo, existe uma grande de quantidade de concursos, entre os mais importantes estão: NEW YORK (NYIOOC), nos Estados Unidos; EVO IOOC, na Itália; Terraolivo IOOC, em Israel; OLIVE JAPAN, no Japão e Mario Solinas Olive, na Espanha.
Equipe Costa Doce – E como está a classificação dos azeites brasileiros nesses concursos?
PF - Os azeites nacionais estão muito bem nesta classificados, apesar de a cultura ter pouco tempo no Brasil. Já acumulam grandes premiações e muitas medalhas em concursos internacionais. Os azeites Costa Doce, por exemplo, já venceram concursos e competições na Itália, Israel e Estados Unidos, três dos principais concursos mundiais. Veja todas as premiações da Costa Doce aqui.